Presidente da Fetransportes lamenta a morte de Otávio Cunha, da NTU

Pioneiro do transporte coletivo urbano no Brasil, Otávio Vieira da Cunha Filho faleceu na manhã desta quinta-feira (17 de fevereiro), em Brasília, aos 81 anos. Muito atuante no setor, ele era presidente-executivo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) desde 1993. Ele atuava na associação desde sua fundação, em 1987.

Profundo conhecedor do setor, o dirigente teve uma trajetória marcada por realizações e pelo reconhecimento de seus pares: atuou como empresário de transporte urbano de passageiros por mais de 40 anos; teve atuação destacada como dirigente setorial, tendo exercido, antes da NTU, a função de diretor do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belo Horizonte (Setra/BH) e presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de São Luís (SET/São Luis).

Entre tantas atividades de um legado de grande relevância para o transporte público coletivo, destaque para sua participação em uma Comissão Especial criada pela Presidência da República para reduzir as tarifas e melhorar o serviço de transporte coletivo nas cidades brasileiras.

À frente da NTU, Otávio Cunha defendia a reestruturação do transporte coletivo urbano no Brasil, por meio da criação de um novo marco legal capaz de devolver a eficiência a esse serviço e a tão desejada tarifa módica.

Sua trajetória no setor começou em 1965, quando iniciou a carreira empresarial em João Monlevade (MG). Em 1975 mudou-se para Belo Horizonte, onde cursou as faculdades de Administração e Ciências Contábeis na PUC-MG, continuando sua atuação na área de transportes urbanos. Posteriormente, em 1984, transferiu suas atividades empresariais para São Luis no Maranhão.

Natural de Matias Barbosa (MG), Otávio Cunha deixa a esposa Jurema, os filhos Marcelo, Roberto e Paula, e cinco netos.

Para o presidente da Fetransportes, Renan Chieppe, o transporte brasileiro perdeu um de seus grandes líderes. “Otávio ficará marcado como um dos mais atuantes e respeitados dirigentes do setor no País. O transporte brasileiro perdeu um de seus grandes expoentes, líder classista e defensor da valorização do transporte público e da mobilidade”.