NTC recomenda aplicação do índice de defasagem nos valores de fretes
O assunto defasagem do frete não é, propriamente, um tema novo do segmento de cargas e logística. Muito pelo contrário! No entanto, o assunto não sai da pauta do TRC em função de sua relevância para a saúde das empresas. O último estudo feito pelo Departamento de Custos Operacionais (Decope) da NTC&Logística e apresentado na primeira edição do ano do Conet&Intersindical, realizado em Rio Quente, Goiás, mostrou que a defasagem e os índices de perdas somam 19,28% para carga fracionada – sendo defasagem de 11,77% e INCTF de 7,51% – e 30,21% para a carga lotação – 24,83% de defasagem e INCTL de 5,38%. E diante desse cenário, a entidade está recomendando o reajuste imediato nos valores de fretes praticados pelas empresas.
O estudo apresentou, ainda, como ponto mais relevante para o desempenho das empresas durante o ano de 2016 o aumento dos custos do transporte, conforme apontado por 29,7% dos pesquisados nos dois segmentos (cargas lotação e cargas fracionadas). Esse dado está diretamente ligado à queda de faturamento das empresas de transporte durante o ano de 2016, que chega, em média a 19,13%.
“Se buscamos saúde financeira para as nossas empresas, não há mais para onde correr… Todas as empresas que prestam o serviço de transporte de cargas precisam ajustar os seus valores. E vale a pena destacar que essa análise, totalmente baseada em números, não visa aumentar o lucro de nossas operações, mas evitar o prejuízo causado pela defasagem dos fretes e, por consequência, o fechamento de mais empresas transportadoras”, alerta o presidente do Transcares, Liemar Pretti.
Assim como os dirigentes do NTC, Pretti acredita que o momento econômico seja propício para aplicar o reajuste e que o valor do frete poderá ser recomposto rapidamente caso todas as empresas se empenhem em convencer os seus clientes sobre a necessidade deste reajuste.