ES reúne órgãos e entidades e, juntos, lançam o Movitran
Foi lançado nesta quinta-feira (13), o Movitran – Movimento Capixaba para Salvar Vidas no Trânsito, que já se tornou a maior iniciativa voltada à segurança viária no Espírito Santo. O programa capixaba está sob a coordenação geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Conselho Estadual de Trânsito (Cetran), conforme alinhamento e desdobramento do Programa Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans). A Federação das Empresas de Transportes (Fetransportes) entra como parceira e vai atuar na gestão junto aos órgãos públicos e privados. A apresentação, que aconteceu no auditório da Setpes, em Vitória, contou com a presença de representantes da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, PRF, guardas municipais (Vitória, Vila Velha, Cariacica e Linhares), Secretaria de Saúde (Sesa), Secretaria de Educação (Sedu), Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), Ibama, Ministério Público do Trabalho do Estado do Espírito Santo (MPT ES), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e Prefeitura de Linhares.
“Queremos que nosso trânsito seja cada vez mais seguro. Uma de nossas metas é reduzir mortes e não vamos medir esforços para isso”, resumiu o PRF Thiago Bernardo.
Consultor de trânsito da Fetransportes, André Cerqueira não deixou a bola cair e emendou de primeira: “O objetivo do Movitran é salvar vidas no trânsito e acredito que esse movimento em conjunto com os órgãos, entidades e empresas do setor vai se tornar modelo para todo o Brasil”.
A “cara” do Movitran rapidamente vai ficar conhecida. Basta olhar com atenção para a logomarca, dividida em dois elementos: símbolo e texto. O desenho tem formato de volante com três agentes, que representam órgãos públicos, órgãos privados e cidadãos. As cores são azul, verde e amarela, que significam, respectivamente, paz, seguir em frente e atenção. Como filosofia de trabalho, é composto por sete pilares que irão sustentar as ideias e gerenciar a execução das mesmas: Gestão, Esforço Legal, Saúde, Segurança Viária, Segurança Veicular, Educação e Resposta de Emergência.
“Esse projeto foi elaborado com a participação de 242 pessoas. Fizemos 21 encontros até a conclusão e agora é hora de colocar o que foi discutido em prática. Tenho certeza que a criação do Movitran vai nos ajudar a dialogar com muita gente a respeito de medidas de prevenção e segurança do trânsito como um todo. O e-book, com todo plano de ação, servirá de apoio para todos os envolvidos nessa causa”, completou Cerqueira.
O consultor destacou ainda que uma das diretrizes fundamentais desse movimento é realizar um estudo de investigação de acidentes. “Queremos ter, a cada três meses, uma análise bem detalhada, principalmente de acidentes mais graves. A meta é fazer uma imersão, mergulhar profundo dentro de um fato e transformar os resultados em ações de prevenção”.
ES está bem no ranking
O Espírito Santo já evoluiu bastante no ranking de mortes decorrentes de acidentes de trânsito. Em 2011, foram 32,67 mortes para cada 100 mil habitantes. De acordo com André Cerqueira, a expectativa é de fechar 2018 com 17,90 mortes para cada 100 mil habitantes. “Isso coloca nosso Estado em segundo lugar no ranking nacional. Para citar como exemplo, tivemos uma redução de 22,6% no número de vítimas fatais nas estradas capixabas, ou seja, conseguimos salvar 190 vidas este ano. É algo fantástico”, vibrou.
Todo o programa do Movitran foi desenvolvido seguindo à risca o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões de Trânsito (Pnatrans), lançado pelo Ministério da Cidades, e que visa reduzir pela metade até 2028 o número de mortes por acidentes de trânsito. “O Espírito Santo tem que chegar em 2028 a uma taxa de redução de acidentes de 10,12%. É um desafio gigantesco, mas se a gente seguir de braços dados, chegaremos lá”, ressaltou Cerqueira.
Controle virtual
E 2019 promete ser de muito trabalho para essa turma. Até porque o objetivo é concluir todo planejamento estratégico já neste primeiro ano. “Se o prazo for longo, a coisa não anda. Queremos ser o mais objetivo possível nesse plano de ação e ter experimentado todas as fases até o final de 2019”, emendou o consultor.
Para não deixar ninguém estacionar pelo caminho já foi desenvolvido um Aplicativo Gestor que irá monitorar o que cada membro do Movitran está fazendo ou deixando de fazer. “Será um aplicativo fechado. É um ambiente para gerir o plano e fazer a bola andar no automático”, explicou André.
Em busca de soluções
“Temos que buscar uma solução para diminuir essa taxa de mortalidade no trânsito. Toda vez que morre alguém na estrada, morre um trabalhador. Travaremos uma luta importante em 2019 porque a sociedade espera de nós bons resultados”, disse o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho no Espírito Santo (MPT-ES), Valério Soares Heringer.
“A redução tem que chegar a zero. Reduzir à metade é bom, mas o que a gente busca tem que ser o melhor, o impossível”, concluiu o tenente-coronel Edmilson Santos.
Fonte: Assessoria de Comunicação Fetransportes
