Baixa produtividade no Noroeste do Estado

Terminal de cargas de Colatina opera com 30% da capacidade

O Terminal Ferroviário de Cargas de Colatina, localizado no polo industrial do município, no bairro Maria Ortiz, tem capacidade de operar 720 mil toneladas por ano, mas atualmente trabalha com apenas com 30% da capacidade total, ou seja, 60 mil toneladas por mês.

Construído em 2006 através de uma parceria público-privada, o terminal que está localizado a 2 quilômetros da BR 259, tinha a proposta inicial de escoar cargas da região como rochas, toras de madeira, café, roupa e granito beneficiado com mais facilidade, mas apenas 7 empresas se instalaram em uma área de 3 milhões de metros quadrados.

O gerente de logística do terminal, Edney Gonçalves Pimenta falou sobre os benefícios do terminal, inclusive para diminuir o trânsito nas rodovias.

“Um vagão ferroviário pode tirar até 3 carretas pesadas da estrada. Ele consegue dobrar a velocidade de escoamento da carga e dar mais de uma viagem por dia. Além disso, a carga fica na indústria e o motorista dorme em casa. É praticamente deixar aqui que a carga estará pronta para ser colocada no navio”.

Falta de investimentos

As empresas que ficam no terminal de cargas enfrentam os desafios com a falta de investimentos no local.

“As indústrias não têm telefonia fixa e internet de qualidade para trabalhar. Celular, por exemplo, só analógico”, disse Edney Pimenta.

O gerente Celso Renz disse que a água potável também é um problema. “A questão da água potável é complicado. É trazida praticamente todo o dia para os funcionários terem o que beber.

Até o acesso ao local é de difícil acesso, visto que o asfalto só vai até uma parte do caminho e quando chove gera prejuízo aos empresários.

“Quando chove vira uma lama e com o barro, os caminhões não conseguem entrar, o que acaba atrasando o transporte e onerando a empresa com multa”, disse o gerente Celso Renz.

Para os empresários, a falta de infraestrutura do local afasta outras empresas e o investimento no polo.

“A gente quando chegou, achou que isso rapidamente iria se resolver, mas muitas empresas que adquiriram área aqui não foram com seus projeto a frente”, salientou Edney Pimenta.

O prefeito de Colatina, Sérgio Meneguelli disse que está buscando mais empresas para o polo industrial. “Estamos fazendo contato e temos várias leis de incentivos como a isenção de IPTU até 10 anos. Temos conversado com empresas internacionais também que já estão para vir, como uma fábrica de café solúvel que está encaminhada e poderá gerar 300 empregos”.

O Departamento de Estradas de Rodagens (DER-ES) informou por meio de nota que já existe um projeto para recuperar o asfalto na ES-357 e a pavimentação até o polo industrial, mas não deu um prazo para o início das obras.

Fonte: Gazeta Online